Ovation ots: Entre culturas e cidades modernas


Meu nome é Stefanie, sou uma apaixonada blogueira de cruzeiros alemã com mais de dez anos de experiência e mais de 370 noites passadas no mar. Desenvolvi um profundo amor pelo mundo marítimo e tive o privilégio de me encantar com as maravilhas das viagens de cruzeiro, onde cada travessia oferece um mosaico único de experiências e descobertas.

No mês de maio, embarquei em um cruzeiro a bordo do Ovation of the Seas na China, navegando por paisagens incríveis e pelo rico patrimônio cultural da Coreia do Sul e do Japão. O entusiasmo por essa aventura reuniu um grupo de quatro espíritos curiosos, vindos da Alemanha e dos Estados Unidos. Nossa jornada começou com voos saindo de Berlim, Munique e Houston com destino a Pequim.

Junte-se a mim enquanto revivo essa travessia extraordinária, entre templos históricos, metrópoles vibrantes, santuários de paz e portos cheios de charme.

Pequim: Primeiras Impressões Após o Pôr do Sol

Após o desembarque em Pequim, nosso grupo finalmente se reuniu e nos instalamos no Renaissance Beijing Capital Hotel, nosso lar pelas próximas três noites. À noite, participamos de um tour guiado noturno de quatro horas pela capital chinesa. O passeio começou com um trajeto de carro pela politicamente simbólica Avenida Chang’an, seguido de uma caminhada pela Praça Tian’anmen, onde chegamos a tempo de assistir à cerimônia diária de arriamento da bandeira ao entardecer. Depois seguimos para a Rua Qianmen, uma histórica zona comercial para pedestres, ladeada por edifícios restaurados da dinastia Qing. De lá, fomos até o Olympic Green para admirar a iluminação noturna do Ninho de Pássaro (Estádio Nacional) e do Water Cube (Centro Nacional de Natação), duas estruturas icônicas dos Jogos Olímpicos de 2008. Antes de voltar ao hotel, passamos pelo futurista Centro Nacional de Artes Cênicas, também conhecido como “O Ovo Gigante”, com sua cúpula cintilante refletida nas águas ao redor.

Pequim: Os Tesouros da Cidade

Na manhã seguinte, uma guia privada, previamente contratada, nos buscou no hotel para um tour de dia inteiro pelos locais mais icônicos da cidade. Nossa primeira parada foi a Cidade Proibida, o antigo palácio imperial das dinastias Ming e Qing, um dos maiores e mais bem preservados complexos de madeira antiga do mundo. Com mais de 600 anos de história, é um dos exemplos mais impressionantes da arquitetura palaciana tradicional chinesa. Nossa guia deu vida às fascinantes histórias de imperadores, eunucos e concubinas que um dia habitaram esse lugar.

Em seguida, fizemos uma breve caminhada por um dos tradicionais bairros Hutong de Pequim. Depois visitamos uma casa de chá local, onde participamos de uma degustação tradicional, provando diversas variedades de chá chinês e aprendendo os rituais ligados ao seu preparo.

À tarde, seguimos para o Templo do Céu, Patrimônio Mundial da UNESCO. Construído no início do século XV, essa obra-prima arquitetônica era usada pelos imperadores das dinastias Ming e Qing para oferecer sacrifícios e rezar por boas colheitas. À noite, exploramos por conta própria o Central Business District, muitas vezes chamado de “Manhattan” de Pequim por seu moderno horizonte urbano. Um dos destaques foi The Place, um popular centro comercial conhecido pela gigantesca tela de LED suspensa que cobre toda a praça.

Pequim: A Grande Muralha da China

O terceiro dia, talvez o mais esperado da nossa estadia em Pequim, nos levou além dos limites da cidade em direção a uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo: a Grande Muralha da China. Envolto por névoa e nuvens baixas, esse local icônico nos recebeu com uma atmosfera quase mística. Exploramos o trecho de Mutianyu, conhecido por suas paisagens deslumbrantes e por ser menos movimentado do que outras partes da muralha. Graças à subida de teleférico, pudemos apreciar vistas panorâmicas espetaculares enquanto nos aproximávamos do coração do percurso. Já no alto da Muralha, tivemos duas horas para caminhar ao longo da antiga trilha de pedra, admirar a paisagem e aprender mais sobre os mitos e as realidades dessa estrutura artificial, a mais longa do mundo.

De lá, nosso tour continuou em direção ao Palácio de Verão, uma obra-prima da arte paisagística chinesa. Caminhando pelo corredor pintado mais longo do mundo e ao redor do Lago Kunming, nossa guia compartilhou histórias sobre a vida opulenta da Imperatriz Viúva Cixi. À noite, voltamos para Pequim e visitamos o moderno shopping China World Mall, que nos surpreendeu com uma pista de patinação no gelo em tamanho real e uma vista noturna de tirar o fôlego do futurista prédio da CCTV.

Tianjin: Embarque no Ovation of the Seas

Após três dias em Pequim, chegou a hora de seguir rumo à costa. A viagem da capital chinesa até o porto de cruzeiros de Tianjin é surpreendentemente longa: o trajeto de carro levou cerca de duas horas e meia, para uma distância de quase 170 quilômetros. Na entrada de Tianjin, cruzamos o moderno skyline da cidade e avistamos o Tianjin Eye, uma gigantesca roda-gigante construída sobre uma ponte. O traslado particular reservado com antecedência garantiu uma chegada sem estresse ao terminal de cruzeiros, marcando oficialmente o início da nossa aventura em alto-mar.

Embarcamos no Ovation of the Seas no início da tarde. Três de nós já haviam navegado neste navio em 2019, durante uma travessia transpacífica a partir de Honolulu. Este navio da classe Quantum foi construído pelos estaleiros Meyer Werft, em Papenburg, Alemanha, e entregue à Royal Caribbean em abril de 2016. Com impressionantes 347 metros de comprimento e 16 decks acessíveis aos passageiros, oferece uma gama imensa de experiências. Como blogueira de cruzeiros apaixonada por descobrir tesouros escondidos e compartilhar dicas, eu mal podia esperar para embarcar nesse cruzeiro de 9 noites pelo melhor da Coreia do Sul e do Japão.

Depois de nos instalarmos nas nossas cabines no Deck 8, era hora de nos familiarizarmos com o navio. Ao explorar seus amplos interiores, cada canto do Ovation of the Seas prometia algo especial, despertando também memórias nos membros do grupo que já tinham viajado a bordo. Um dos nossos primeiros destinos foi o SeaPlex, o maior complexo de atividades indoor em alto-mar. Uma característica marcante dos navios da classe Quantum é a mascote posicionada na parte externa dessa área: no Ovation, trata-se de uma adorável dupla de pandas escaladores — uma mamãe com seu filhote. No interior, esse espaço multifuncional se transforma em pista de carrinhos bate-bate, quadra de basquete ou salão de eventos, dependendo do horário.

Em seguida, nos dirigimos ao Solarium, localizado na proa, nos decks 13 e 14. Este refúgio exclusivo para adultos é um verdadeiro oásis de tranquilidade, com piscina em cascata, hidromassagens e espreguiçadeiras confortáveis. A cobertura de vidro permite que a luz natural inunde o espaço, criando uma atmosfera clara e arejada — perfeita para apreciar a vista panorâmica da proa. Depois de termos caminhado quase 20.000 passos por dia durante as visitas em Pequim, esse era o lugar ideal para relaxar. O Solarium também guarda um pequeno tesouro escondido: o acesso às bridge wings, passarelas de observação localizadas nas laterais do deck 13. Dali, tivemos uma visão privilegiada — semelhante à da ponte de comando — observando a partida do porto de um ângulo único. Ao entardecer, vimos o porto de Tianjin se afastar lentamente, enquanto o pessoal do terminal acenava para nos desejar uma boa viagem.

Tínhamos reservado com antecedência o pacote Unlimited Dining, então para nossa primeira noite a bordo, começamos com um jantar em um dos restaurantes de especialidade: o Chops Grille, a tradicional steakhouse americana símbolo da Royal Caribbean. Encerramos a noite com música ao vivo no piano no aconchegante Schooner Bar, no deck 5.

Dia de navegação: cruzando o Mar Amarelo

Hoje estávamos a caminho de Tianjin para Incheon, navegando pelo Mar Amarelo, situado entre a China continental e a península coreana. Pela manhã, participamos do Top Tier Event, um evento especial apresentado pelo comandante e pelos oficiais superiores no Two70. Esse encontro celebra os membros mais fiéis do programa Crown & Anchor Society da Royal Caribbean, dedicado aos viajantes frequentes. Nesta viagem, havia a bordo 205 membros Diamond, 88 Diamond Plus e 7 do Pinnacle Club. Em seguida, fomos convidados para o almoço Cheers with an Officer, reservado exclusivamente para membros do Crown & Anchor Society com pelo menos 340 pontos acumulados.

À tarde, retornamos ao Two70 para assistir à Two70 Experience, uma demonstração especial que revelou a tecnologia extraordinária por trás desse espaço único, localizado na popa entre os decks 5 e 6. Durante o dia, a sala oferece uma vista panorâmica do oceano em 270 graus. À noite, as grandes janelas de vidro do chão ao teto se transformam em uma tela digital, graças a 18 projetores de alta definição que criam uma tela Vistarama em 12K. Seis telas robóticas móveis se deslocam sobre trilhos montados no teto, sincronizadas com música e projeções. O próprio palco conta com plataformas móveis e alçapões escondidos, permitindo mudanças de cena fluidas e entradas espetaculares. Esse espetáculo foi uma ótima forma de entender a versatilidade do sistema multimídia que torna os navios da classe Quantum da Royal Caribbean tão inovadores.

Para o jantar, fomos ao Jamie’s Italian, o restaurante de especialidades do chef celebridade Jamie Oliver, localizado no deck 5 e incluído no pacote Unlimited Dining. A atmosfera lembrava uma rústica trattoria italiana com um toque moderno. Saboreamos massas frescas feitas à mão e uma das entradas mais icônicas de Jamie: o plank, uma tábua rica em embutidos e queijos.

Incheon: Aventura icônica em Seul

Chegamos exatamente quando as primeiras luzes do amanhecer iluminavam Incheon, observando da nossa varanda a aproximação da lancha piloto que nos guiaria até a entrada do porto ao nascer do sol. Após um café da manhã rápido, partimos cedo para o passeio de um dia inteiro organizado pela Royal Caribbean. A transferência para a capital da Coreia do Sul durou cerca de 90 minutos, durante os quais pudemos admirar vislumbres de pontes, diques e bairros. Com mais de 9 milhões de habitantes, Seul não é apenas a maior cidade do país, mas também o coração político, econômico e cultural da Coreia do Sul.

Nossa primeira parada foi o Templo Bongeunsa, situado no moderno distrito de Gangnam, no coração de Seul. Este templo secular abriga mais de 3.000 escrituras budistas e uma estátua de pedra de 28 metros de altura representando Maitreya, o Buda do futuro. Caminhando sob lanternas coloridas, sentimos uma atmosfera de calma e espiritualidade, em nítido contraste com a cidade vibrante que o cerca.

Em seguida, seguimos para o Seoul Sky Observatory, dentro da Lotte World Tower. Com seus 555 metros, é o edifício mais alto da Coreia do Sul. O elevador de dois andares mais rápido do mundo – reconhecido pelo Guinness World Records – nos levou até o 117º andar em menos de um minuto. A experiência se desenvolveu em vários níveis: atravessamos a plataforma panorâmica com o piso de vidro mais alto do mundo no 118º andar, subimos ao terraço ao ar livre no 120º andar e apreciamos uma vista de 360 graus de Seul.

Das alturas modernas à história real: visitamos depois o Palácio Changdeokgung, Patrimônio Mundial da UNESCO, um dos cinco grandes palácios da era Joseon e um dos mais bem preservados. Seus portões de pedra, pavilhões de madeira e jardins centenários nos mostraram um lado mais contemplativo da história coreana. O famoso jardim dos fundos, o Huwon, ainda estava exuberante com o verde da primavera e parecia um mundo escondido no coração da capital.

Um almoço tardio nos levou a um restaurante onde apreciamos o tradicional churrasco coreano. As fatias de porco foram grelhadas diretamente na mesa e acompanhadas por kimchi, arroz, legumes e molhos. A última parada do dia foi o Museu Nacional da Coreia, onde percorremos séculos de arte, história e arqueologia coreana.

Era minha primeira vez na Coreia do Sul – o 51º país da minha lista pessoal – e, mesmo assim, consegui me surpreender com detalhes que não encontrei em nenhum guia. Durante o dia, notei algo incomum: grandes guarda-sóis instalados nas faixas de pedestres. Enquanto esperávamos o sinal verde, podíamos ficar na sombra, protegidos do sol.

Após o passeio de dez horas, retornamos a bordo entre os últimos hóspedes. Enquanto zarparávamos de Incheon, passamos sob a ponte homônima, iluminada por luzes coloridas: é a ponte estaiada mais longa da Coreia do Sul. Pouco depois, vimos a lancha piloto recolher o piloto, enquanto as luzes da cidade desapareciam lentamente no horizonte.

Dia de navegação: o convite do Comandante à ponte de comando do Ovation of the Seas

Naquela manhã, ao abrir as cortinas da nossa varanda, deparei-me com uma densa parede de neblina. A cada 90 segundos, a sirene do navio ecoava pelo Mar Amarelo enquanto navegávamos rumo ao sul, em direção à ilha de Jeju. No meio da manhã, tive a honra de receber um convite pessoal do Comandante Espen Been para visitar a ponte de comando. O Comandante dedicou bastante tempo para me acompanhar pessoalmente em um tour detalhado, mostrando os instrumentos do navio, contando histórias sobre a navegação e até permitindo que eu espiassse seu escritório particular. Ele me mostrou a rota exata nos mapas digitais, não apenas para Jeju, mas também para os dias seguintes pelo Japão. E então veio um momento único: o Comandante Espen me deu permissão para tocar a sirene do navio, não uma, mas duas vezes! Para tornar o som ainda mais impressionante, ele abriu a janela de vidro da ponte, permitindo que ouvíssemos o poderoso eco das sirenes em toda sua força.

Depois dessa experiência emocionante, nosso grupo se reuniu no Chops Grille. Localizado no deck 5, esse restaurante elegante porém informal, com interiores em madeira escura, oferece uma atmosfera acolhedora e refinada. Nos dias de navegação, os restaurantes de especialidade também abrem para o almoço: uma ótima oportunidade para aproveitar ao máximo o pacote Unlimited Dining. Após um almoço satisfatório e com a tarde livre, dedicamo-nos às muitas atividades a bordo do Ovation. Desde as mais adrenalínicas, como o simulador de paraquedismo RipCord by iFLY e o de surf FlowRider, até experiências mais relaxantes como o Vitality Spa e o Solarium, não faltavam opções para relaxar e recarregar as energias neste dia no mar. Escolhemos uma tarde tranquila no Solarium, que em um dia chuvoso mostrou todo o seu valor: um verdadeiro oásis coberto.

Naquela noite, mergulhamos em um mundo completamente diferente: Wonderland, o restaurante de especialidade mais imaginativo da Royal Caribbean. Inspirado nas aventuras de Alice, o restaurante inteiro convida a esquecer tudo o que se conhece sobre gastronomia tradicional. O cardápio, inicialmente invisível, só se torna legível ao passar um pincel molhado em água sobre sua superfície. Está dividido em cinco elementos – sol, gelo, fogo, terra e mar – com entradas inspiradas nos três primeiros e pratos principais nos dois últimos. Cada prato é uma verdadeira obra de arte comestível:

Começamos com Tomato Water, seguido pelos Crispy Crab Cones e pelo surpreendente Bird’s Nest, servido sob uma campânula de vidro cheia de fumaça, erguida na mesa para revelar uma composição delicada e teatral. Outras entradas eram igualmente imaginativas, como os Purple Potted Shrimp do Chapeleiro Maluco ou a teatral sopa Wonton servida diretamente na mesa. Como pratos principais escolhemos The Chicken and the Egg, uma criação inventiva, e o Robalo com crosta crocante: crocante, saboroso e cozido à perfeição.

Para a sobremesa, provamos duas das propostas emblemáticas do restaurante: o Mystical Mushroom Garden, com três docinhos em forma de cogumelo, cada um com texturas e sabores diferentes, e a Forbidden Apple, uma criação visualmente perfeita, composta por crémeux de framboesa, crumble de manteiga de avelã e acompanhada por um sorvete de iogurte tão cremoso, aveludado e levemente ácido que posso afirmar com certeza: foi o melhor sorvete que provei em todo o navio.

E o que seria uma viagem ao País das Maravilhas sem um pouco de mágica nos coquetéis? Não resistimos ao Cheshire Cat Cosmo. O copo chegou cheio de algodão-doce rosa e, quando o garçom serviu o coquetel, o açúcar se dissolveu, transformando-se em uma bebida colorida. Finalizamos a noite no Music Hall, localizado nos decks 3 e 4, onde uma banda ao vivo tocou até tarde, alternando clássicos eternos e ritmos dance envolventes.

Seogwipo: explorando a costa leste e sul da ilha de Jeju

A ilha de Jeju, frequentemente chamada de “Havaí da Coreia do Sul”, nos recebeu com paisagens verdes e uma costa vulcânica. Este sítio Patrimônio Mundial da UNESCO foi moldado pela lava, vento, água e tradições enraizadas. Hoje havíamos reservado um tour de dia inteiro para explorar a costa leste e sul, e nosso guia particular nos esperava dentro do terminal de cruzeiros.

Nossa primeira parada, após uma viagem panorâmica de 90 minutos, foi Seongsan Ilchulbong, também conhecido como “Pico do Amanhecer”. Este cone de mergulho se formou há milhares de anos por erupções vulcânicas e é um dos marcos mais famosos da ilha. Pouco depois, chegamos a Seopjikoji, uma área costeira conhecida por suas formações rochosas de lava. Caminhamos pela paisagem icônica de Jeju, batida pelo vento, e descobrimos o famoso Seopjikoji Grand Swing, que oferece uma vista direta do Pico do Amanhecer ao longe.

No início da tarde, visitamos as cachoeiras Cheonjiyeonpokpo e Jeongbang, duas cachoeiras situadas na parte sul da ilha. Cheonjiyeonpokpo está escondida em uma floresta exuberante e a água que cai se acumula em uma piscina, enquanto a cachoeira Jeongbang despenca diretamente no mar. A última parada antes do retorno ao porto foi a falésia de Jusangjeolli, uma formação costeira de lava composta por colunas hexagonais de basalto. Essa formação surgiu quando a lava do monte Hallasan esfriou rapidamente ao entrar em contato com o oceano. Essas colunas são a resposta de Jeju à Calçada dos Gigantes, mas com um toque coreano.

Durante todo o dia, não podíamos deixar de notar a presença dos habitantes mais icônicos de Jeju: os Dol Hareubang. Essas estátuas de pedra, tradicionalmente esculpidas na rocha vulcânica, representam “avôs” com as mãos apoiadas na barriga e uma expressão sábia no rosto. Há séculos, elas guardam a ilha e acredita-se que tragam sorte, especialmente se tocar no nariz delas.

Após mais de 160 quilômetros de viagem e inúmeras impressões, o tour terminou no porto de Gangjeong, em Seogwipo. Pouco depois, zarpamos rumo ao Japão, enquanto o navio navegava pela costa sul da ilha. Enquanto observava a costa da Coreia do Sul se afastando ao pôr do sol, a tripulação treinava no túnel de vento RipCord by iFLY, um simulador de paraquedismo que permite experimentar a sensação de queda livre. A câmara transparente fica na popa, bem acima do FlowRider no deck 16. À noite, o Royal Theatre, localizado nos decks 4 e 5 na proa, recebeu o espetáculo principal da noite: Duck Cameron, um mágico cômico. A apresentação combinou ilusões clássicas com uma interação divertida com o público.

Kumamoto: descobrindo o coração de Kyushu

Localizada na costa sul da ilha de Kyushu, Kumamoto nos recebeu para explorar sua história e patrimônio cultural. Nossa chegada trouxe à mente as lembranças da nossa parada anterior aqui com o Spectrum of the Seas em agosto de 2023. Naquela ocasião, foi uma escala inesperada devido ao tufão Lan, que forçou uma reprogramação de última hora a partir de Osaka. Após concluir os procedimentos de imigração japonesa por reconhecimento facial no terminal, três de nós participaram do passeio “Kumamoto Highlights” organizado pela Royal Caribbean, enquanto um membro do nosso grupo optou por ficar a bordo.

Começamos com uma viagem encantadora até o jardim Suizen-ji Jōju-en, um jardim paisagístico japonês iniciado no século XVII pelo senhor feudal Hosokawa Tadatoshi e projetado para representar as 53 estações da estrada Tōkaidō, que ligava Tóquio a Quioto durante o período Edo. Entre as principais características estão pequenas reproduções de alguns dos pontos de referência mais famosos ao longo desse percurso, como o monte Fuji, o lago Biwa e um santuário modelado no Fushimi Inari Taisha de Quioto. Em seguida, nos dirigimos ao castelo de Kumamoto, uma das fortalezas mais icônicas do Japão. Aprendemos a história do castelo e como essa joia da cidade simboliza a resiliência e o engenho de seus habitantes. Construído no início dos anos 1600, algumas partes do complexo foram danificadas pelo terremoto de 2016, mas amplos trabalhos de reconstrução devolveram grande parte de seu esplendor. Logo abaixo do castelo, o passeio incluía tempo livre em Josaien, uma vila cultural com apresentações de música e dança tradicional japonesa na praça central. Exploramos o artesanato local, souvenirs e experimentamos especialidades regionais, como o sorvete de morango Onimori Soft-Serve.

De volta a bordo, almoçamos no Amber & Oak, o pub em estilo inglês localizado na Royal Esplanade, no deck 4. Como parte do nosso Unlimited Dining Package, recebemos um crédito diário de 20 dólares para usar em restaurantes à la carte como o pub, Fish & Ships ou Vintages. O cardápio oferecia uma variedade de petiscos de bar, incluindo pretzels macios alemães, picles de pub e o Royal Pub Burger. Também havia uma seleção de sobremesas, como o cheesecake frito. Apesar da chuva intermitente no fim da tarde e à noite, a equipe local do porto de Kumamon em Yatsushiro formou uma ala ao longo do píer para nos cumprimentar com bastões luminosos, acompanhados por música tradicional transmitida pelos alto-falantes. À noite, assistimos ao Spectra’s Cabaret, uma produção original criada exclusivamente pela Royal Caribbean para o Two70. Este espetáculo visualmente impressionante combinou canto ao vivo, efeitos visuais vanguardistas, coreografias de tirar o fôlego e tecnologia inovadora, exibindo o incrível talento e criatividade dos artistas e da equipe de produção.

Kagoshima: a porta sul do Japão

Hoje, três de nós participaram do passeio “Kagoshima Highlights” organizado pela Royal Caribbean, enquanto um membro do nosso grupo preferiu explorar Kagoshima de forma independente. Nossa primeira parada foi o jardim Sengan-en, um jardim paisagístico japonês do século XVII, originalmente construído para o clã Shimazu. Situado em uma colina com vista para a baía de Kagoshima, possui gramados bem cuidados, lagos ornamentais e uma vista deslumbrante do Sakurajima, a ilha vulcânica ativa que domina as águas azuis da baía. Entre seus bosques de bambu e pequenos riachos encontra-se uma joia encantadora: o Nekogami Jinja. A lenda conta que sete gatos acompanharam as tropas Shimazu na Coreia, mas apenas dois retornaram e foram venerados aqui. O santuário dos gatos é muito popular entre os amantes dos felinos, que penduram ema — tábuas votivas — para rezar pela saúde de seus companheiros de quatro patas.

Seguimos para o porto principal de Kagoshima, onde embarcamos em uma balsa para uma curta travessia até Sakurajima. Antes uma ilha separada, uma grande erupção em 1914 a ligou à península de Ōsumi graças a fluxos de lava solidificados. Após desembarcar da balsa, exploramos o Observatório de Lava de Arimura, situado em campos de lava da era Taisho na base sul do vulcão. Um caminho pavimentado de 1 km oferecia vistas panorâmicas da cratera Minamidake e da baía de Kinko, enquanto painéis informativos explicavam a transformação geológica ainda em andamento na ilha.

Depois de retornar de balsa e ônibus ao terminal de cruzeiros de Kagoshima, passeamos pelo Marine Port Park, sombreado por árvores de cânfora, típicas do clima subtropical da região. À tarde, já a bordo, usamos o crédito de 20 dólares para alimentação incluído em nosso Unlimited Dining Package no Fish & Ships, no deck 14, escolhendo a cauda de lagosta frita.

Mais tarde, a despedida de Kagoshima foi memorável: o capitão Espen tocou várias vezes a sirene do navio, enquanto a equipe do porto se posicionava ao longo do cais, acenando com bandeiras laranja e nos aclamando, acompanhados pelo ritmo dos tradicionais tambores taiko. Enquanto o navio deixava Kagoshima para trás, com o perfil do vulcão Sakurajima ao longe, o sol começava lentamente a se pôr. A rota para Kōchi nos fez passar por várias pequenas ilhas vulcânicas, oferecendo um cenário impressionante enquanto o sol desaparecia atrás do sul do Japão.

Kōchi: aventura no zoológico e relax a bordo

Localizada na costa sul de Shikoku, a menor das ilhas principais do Japão, Kōchi nos recebeu com céus azuis e sol radiante. Nosso grupo se dividiu novamente: dois membros ficaram a bordo para aproveitar os serviços do navio, enquanto os outros dois partiram para explorar o Zoológico de Noichi, a cerca de 40 minutos do porto. Esse zoológico segue o conceito de mostrar os animais em ambientes que reproduzem fielmente seus habitats naturais. Entre os destaques estão uma savana com girafas e zebras, ao fundo o Monte Sanpō, e uma floresta tropical que abriga gibões e chimpanzés.

No início da tarde, todos nos reunimos a bordo e fizemos um passeio na North Star, a famosa cápsula panorâmica da Royal Caribbean. Ancorada, ela sobe e desce sem ultrapassar a borda do navio, mas ainda assim é uma forma fantástica de admirar o porto e as colinas de Shikoku de cima. A experiência básica está incluída na tarifa do cruzeiro, mas é fundamental reservar com antecedência, pois os lugares são limitados e se esgotam rapidamente. Com o sol ainda alto, aproveitamos para passar um tempo na piscina ao ar livre no deck 14, saboreando coquetéis e curtindo a brisa quente.

Naquela noite, tínhamos uma reserva no Chef’s Table. Embora nosso Unlimited Dining Package incluísse os restaurantes especializados, essa experiência exigia um pequeno adicional. Voltado para poucos convidados, o jantar começou com um brinde de champanhe e menus personalizados que nos aguardavam na chegada. Cada prato foi apresentado pessoalmente pelo chef, com explicações sobre os ingredientes e a inspiração do prato. O sommelier explicou os vinhos harmonizados, sua origem, notas de degustação e as razões da escolha para aquele prato específico.

O menu fixo começou com um carpaccio de vieiras, temperado com vinagrete de yuzu e guarnecido com quinoa crocante. Foi harmonizado com um fresco Pinot Grigio Attems da Itália, que realçou as notas cítricas do prato. Seguiu-se a sopa de tomate defumado com focaccia de alho, servida à mesa e finalizada pelo chef com um fio de crème fraîche. Foi acompanhada por um Conundrum White Blend da Califórnia, que trouxe equilíbrio. O terceiro prato, uma salada de lagosta do Maine, combinava abacaxi suculento e palmito com um surpreendente molho de baunilha, perfeitamente harmonizado com o Sauvignon Blanc Clearwater Cove de Marlborough, Nova Zelândia. Para o quarto prato, serviram o robalo assado, acompanhado de abobrinhas grelhadas, pimentões doces, limão confitado e um toque de pesto. O vinho escolhido foi um La Crema Chardonnay da Sonoma Coast, amanteigado mas equilibrado. Seguiu-se um filé de carne grelhado sobre um purê aveludado de batatas com trufas, aspargos e molho bordelaise intenso. Harmonizado com um Sequoia Grove Cabernet Sauvignon do Napa Valley, foi o prato mais encorpado. Por fim, a sobremesa chamada “The World”. Cada convidado recebeu uma esfera de chocolate que foi derretida à mesa enquanto o chef vertia um molho quente, revelando um recheio rico de ganache de manteiga de amendoim, mousse de chocolate Valrhona e sorvete de caramelo salgado. Para acompanhar esse final, apareceu um bartender que preparou um Bittersweet Truth — um martini expresso de caramelo salgado — explicando cada ingrediente enquanto o adicionava. Os elementos interativos encerraram a experiência, com sabor e apresentação perfeitamente em sintonia.

Depois do jantar, a diversão continuou na Disco Inferno dos anos 70 do Two70, uma festa dance retrô cheia de energia, fantasias brilhantes e anéis luminosos lançados para a plateia animada. O elenco reviveu aquela época com passos icônicos e uma trilha sonora disco contagiante. Terminamos a noite com uma caminhada no deck 15 sob um céu limpo, admirando o brilho da lua cheia.

Dia no mar: os bastidores do Ovation of the Seas

Nosso último dia no mar nos deu uma última oportunidade para saborear tudo o que este navio tem a oferecer. Participei do exclusivo Tour Backstage do Royal Theatre, reservado para membros Diamond e superiores da Crown and Anchor Society. Foi uma oportunidade única para entrar nos bastidores e descobrir o mundo do entretenimento a bordo: o design do palco, a iluminação, os figurinos pendurados e a tecnologia.

Mais tarde, dois de nós se juntaram ao chef executivo do navio para um tour pela cozinha, que revelou o funcionamento interno das vastas operações gastronômicas do navio. Desde as áreas de suprimento até a linha de cozinha quente, acompanhamos o percurso dos ingredientes em uma operação culinária que serve milhares de refeições por dia aos hóspedes. Durante o percurso, o chef explicou como os menus são planejados, como a qualidade é mantida constante, como as necessidades dietéticas são gerenciadas e como o desperdício de alimentos é minimizado. Depois, todos nos reunimos no Two70, onde o Capitão Espen conduziu o Captain’s Corner. No formato de perguntas e respostas, os hóspedes puderam fazer perguntas sobre navegação, clima, consumo de combustível, planejamento da rota e operações do navio.

O almoço tardio foi no Izumi, localizado no deck 5. Conhecido em toda a frota da Royal Caribbean pela sua culinária asiática fresca e de alta qualidade, o Izumi é especializado em sushi e pratos quentes inspirados no Japão. No Ovation of the Seas, este restaurante especializado apresenta um design limpo e moderno, com sutis toques japoneses, oferecendo tanto mesas quanto um bar de sushi. Incluído no nosso Unlimited Dining Package estava o menu prix fixe, com uma seleção de sushi e pratos quentes.

À tarde, fizemos a experiência estendida da North Star, acompanhados pelo Diretor de Cruzeiro Ricky Matthews. Desta vez, a cápsula panorâmica se movimentou oscilando para ambos os lados do navio, diferente das paradas no porto, quando se move apenas verticalmente. As vistas panorâmicas da cápsula a 90 metros de altura acima do nível do mar eram espetaculares, sem nada interromper a visão do imenso Oceano Pacífico cintilando até o horizonte.

Com a aproximação do crepúsculo, o céu se tingiu de laranja e rosa. Assistimos a um pôr do sol magnífico, com o sol descendo diretamente no oceano, sem nuvens no horizonte. A noite começou com o lançamento dos balões de despedida na Royal Esplanade. Os balões desceram flutuando sobre a multidão enquanto a música tocava e os hóspedes dançavam.

Durante todo o cruzeiro, pudemos desfrutar de uma ampla variedade de opções gastronômicas graças ao Unlimited Dining Package. Restaurantes especializados como o Wonderland nos transportaram para um mundo fantástico com pratos imaginativos e apresentações lúdicas, enquanto no Chops Grille saboreamos carnes perfeitamente preparadas e frutos do mar suculentos em um ambiente elegante. Para nosso jantar final, voltamos ao Jamie’s Italian, nosso restaurante especializado preferido neste navio, onde jantamos com mais frequência do que em qualquer outro local a bordo.

Yokohama: Desembarque do Ovation of the Seas

À luz do amanhecer, atracamos no Cais Daikoku, localizado ao lado da Ponte da Baía de Yokohama. Com seus 860 metros de comprimento, essa ponte suspensa liga dois importantes cais de carga e atravessa a entrada da Baía de Tóquio. Após um último café da manhã, nosso grupo diminuiu de quatro para três pessoas. Nosso amigo dos Estados Unidos permaneceu a bordo para o próximo cruzeiro do Ovation: a travessia transpacífica rumo a Los Angeles, onde o navio passará a temporada de verão.

O desembarque foi perfeitamente fluido: sem filas, sem espera. Do terminal, pegamos um táxi até a estação Shin-Yokohama, onde embarcamos no Nozomi 233, a categoria mais rápida do Shinkansen na linha Tokaido, que alcança velocidades de até 300 km/h. A viagem até a estação Shin-Osaka durou apenas 2 horas e 9 minutos, percorrendo mais de 500 quilômetros no estilo típico do Shinkansen: pontual, silenciosíssimo e impecavelmente limpo. Na metade do percurso, fomos premiados com uma vista clara do Monte Fuji, o pico mais alto do Japão e Patrimônio Mundial da UNESCO. Ao chegar em Shin-Osaka, pegamos um táxi e fizemos check-in no Courtyard Osaka Honmachi Hotel, localizado em posição central com fácil acesso às linhas de metrô Chuo e Midosuji.

Após nos acomodarmos, seguimos para a ilha de Yumeshima para a Expo 2025 Osaka, Kansai, Japão. Pegamos a linha de metrô Chuo até a estação Yumeshima, inaugurada em janeiro de 2025 e que oferece acesso direto ao portão leste da Expo. Como os tempos de espera para os pavilhões nacionais estavam bastante longos, optamos por explorar o Grand Ring, que representa o tema da Expo “Unidade na Diversidade”. Sua construção combina técnicas modernas com juntas tradicionais Nuki, uma homenagem ao artesanato japonês usado em templos e santuários. O percurso circular de madeira oferecia vistas fantásticas de todo o local da Expo e da arquitetura diversa dos pavilhões dos países participantes. Ao anoitecer, assistimos a “Under the Midnight Rainbow” na Water Plaza, um espetáculo poético e coreografado de água e ar com fontes, efeitos de laser e música. Em seguida, retornamos ao hotel de metrô, uma viagem fácil de 26 minutos até a estação Sakaisuji Hommachi.

Quioto: Um dia na antiga capital do Japão

Pela manhã, um guia privado reservado com antecedência veio nos buscar para um tour de dia inteiro em Quioto, capital imperial do Japão por mais de mil anos e hoje uma das cidades patrimônios mais amadas do país.

Nossa primeira parada foi o Fushimi Inari Taisha, o santuário xintoísta mais icônico do Japão. Famoso por seus torii vermelhos e pelas estátuas de raposas que vigiam cada caminho, o santuário se estende pelas encostas do monte Inari. Fundado no século VIII em homenagem a Inari, deus xintoísta do arroz e da prosperidade, o local permanece um poderoso símbolo da espiritualidade japonesa. Em seguida, visitamos o templo Kiyomizu-dera, um santuário budista e Patrimônio Mundial da UNESCO, situado nas encostas do monte Otowa com uma vista panorâmica de Quioto. Sua varanda suspensa é sustentada por uma vasta estrutura de madeira de 13 metros, construída sem pregos e que se projeta sobre o vale arborizado. Antes de chegar ao templo, caminhamos pela Kiyomizu-Zaka, uma rua histórica ladeada por lojas de souvenirs, comidas locais e artesanato tradicional.

Depois, seguimos para o Pavilhão Dourado, oficialmente conhecido como templo Kinkaku-ji. Construído em 1397 como retiro do xogum Ashikaga Yoshimitsu e transformado em templo zen no século XV, seus dois andares superiores são totalmente revestidos com folhas de ouro. Cercado por um jardim no estilo Muromachi e por um lago que refletia o pavilhão como um espelho. À tarde, nos deslocamos para oeste, em direção a Arashiyama, um bairro conhecido por sua beleza paisagística e pela famosa floresta de bambu. Caminhamos pelo relaxante túnel verde de bambu, ouvindo o suave sussurro do vento. Perto da floresta, atravessamos a ponte Togetsukyo, que cruza o rio Katsura e existe em várias formas desde o ano 836. À noite, nosso guia nos levou de volta ao nosso hotel em Osaka.

Osaka: Uma cidade de luzes, sabores e diversão

O dia começou com uma chuva incessante, mas a cidade tinha a resposta certa: o complexo multiandar Osaka Station City. Refugiámo-nos lá dentro, onde um labirinto de shoppings, cafés e áreas de entretenimento oferecia muito mais do que um simples passatempo. Nosso principal objetivo: a Nintendo Store Osaka, um paraíso para os fãs de Mario, Zelda e Animal Crossing. Por volta do meio-dia, o céu começou a clarear, então seguimos para o Universal CityWalk Osaka. Embora não entrássemos no parque temático, o colorido calçadão de entretenimento, situado bem na saída do Universal Studios Japan, oferecia restaurantes temáticos, lojas e uma atmosfera vibrante.

De lá, fomos para o coração de Osaka: o bairro Dotonbori. Essa área de lazer é o bairro mais icônico de Osaka, famoso por suas luzes de néon vibrantes, letreiros excêntricos e pela enorme variedade de restaurantes e bares. O nome “Dotonbori” refere-se tanto ao canal Dotonbori quanto à rua Dotonbori, que corre paralela à margem sul do canal. Caminhando pelas ruas, descobrimos o famoso painel do Glico Man. Instalado pela primeira vez em 1935 e agora totalmente digital, esse atleta icônico se tornou a mascote não oficial da cidade.

Com a chegada da noite, pegamos o metrô para Shinsekai, um bairro retrô desenvolvido no início do século XX e depois negligenciado no pós-guerra. No centro, destaca-se a torre Tsūtenkaku, com 103 metros de altura, originalmente inspirada na Torre Eiffel. O nome do bairro refletia seu design: a metade norte era inspirada em Paris, enquanto a metade sul reproduzia a atmosfera dos parques de diversão de Coney Island, em Nova York.

Osaka: Um último olhar para o Ovation of the Seas

Ao amanhecer, um transfer privado reservado com antecedência nos levou ao Aeroporto Internacional de Kansai. Durante o trajeto, cruzamos a ponte vermelha Sky Gate Bridge R, que conecta a ilha artificial do aeroporto ao continente. Passando em frente ao porto, lá estava ela novamente: Ovation of the Seas! Ela acabara de chegar a Osaka para uma parada noturna, antes de zarpar rumo ao Oceano Pacífico.

Após o check-in no aeroporto, decolamos às 9h30 em um voo direto para Munique. A rota nos levou sobre o Oceano Ártico e, com seus 13.083 quilômetros, foi literalmente uma volta ao mundo — nosso voo mais longo até agora, um final perfeito para uma viagem inesquecível.

China, Coreia do Sul e Japão, vocês nos impressionaram com suas cidades, cultura, culinária e beleza natural. Já estamos contando os dias: voltaremos em 2026, desta vez com o Spectrum of the Seas!

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Stefanie Tietze-Haeberlein

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