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12 de maio de 2025

A bordo do Orient Express Corinthian, o próprio conceito de viagem ganha uma nova expressão. A famosa marca Orient Express, símbolo de elegância e aventura desde 1883, expande seus horizontes para o mar, inaugurando uma nova era do luxo itinerante com o lançamento do seu grande veleiro. 

Quatorze décadas após o primeiro trem excepcional, nasce uma embarcação que é ao mesmo tempo uma homenagem ao passado e uma projeção para o futuro. O Corinthian, de fato, não é apenas um navio: é um palácio flutuante, uma obra-prima da arquitetura naval que combina estética, tecnologia e conforto em um projeto destinado a redefinir os padrões do turismo de elite. 

A filosofia a bordo se reflete já no número limitado de suítes: apenas cinquenta e quatro, todas com vista panorâmica para o mar e concebidas para garantir privacidade, silêncio e atenção personalizada. O serviço a bordo remete ao lendário serviço dos trens históricos Orient Express, com uma equipe selecionada e treinada para interpretar as necessidades de cada hóspede. 

Cada elemento, desde os materiais escolhidos até as formas do mobiliário e a disposição dos espaços comuns, é pensado para valorizar a paisagem e favorecer a conexão emocional com o ambiente ao redor. As janelas de vidro foram projetadas como cortinas teatrais móveis, capazes de enquadrar o mar em suas variações e transmitir a sensação de estar constantemente no centro de uma pintura em movimento. 

A identidade visual e tátil do Corinthian está profundamente ligada à excelência artesanal francesa. Os interiores combinam a elegância da tradição clássica com soluções contemporâneas, oferecendo ambientes sóbrios, porém sofisticados, onde a beleza nunca é ostentada, mas sugerida. 

Neste cenário exclusivo, a proposta gastronômica ocupa papel central. À frente dessa visão culinária está Yannick Alléno, chef francês entre os mais premiados do mundo, com dezessete estrelas Michelin conquistadas. Sua presença a bordo não representa apenas um valor agregado, mas uma verdadeira declaração de intenções. 

O objetivo não é apenas oferecer pratos excelentes, mas construir, através da comida, uma narrativa coerente com a essência da viagem. Cada criação é pensada para dialogar com o movimento, as paisagens atravessadas e os produtos locais descobertos ao longo da rota. 

Segundo o próprio chef Alléno, o Orient Express representa a essência mais nobre da viagem, e poder levar sua visão inovadora da cozinha a um lugar tão icônico e rico em história é para ele uma verdadeira honra. 

A experiência gastronômica completa é desenvolvida em cinco restaurantes, cada um com sua própria proposta, mas todos sob a mesma direção. Não se trata de criar uma oferta repetitiva ou convencional, mas de construir uma narrativa culinária que se adapta ao tempo da navegação, à luz, ao humor do dia. 

O cardápio evolui com a viagem, e cada prato é fruto de um trabalho que considera a sazonalidade, a disponibilidade das matérias-primas nos portos de parada e a necessidade de harmonizar técnica e simplicidade. 

Entre os locais simbólicos dessa proposta destaca-se La Table de l’Orient Express, restaurante de excelência a bordo. O ambiente é acolhedor, elegante, projetado para poucos convidados, e oferece vista aberta para o horizonte. 

Não há ornamentos ou formalismos excessivos: a experiência aposta na essência, na qualidade pura da acolhida e da cozinha. Os pratos apresentados são fruto de uma pesquisa constante, em que a alta técnica culinária é posta a serviço de uma narrativa que evita a autocelebração e busca emocionar com moderação. 

O conceito-chave é o de “terroir em movimento”: uma ideia que inverte a lógica tradicional da cozinha francesa — ligada por definição a um território específico — e a transforma em um percurso dinâmico, onde o território muda com a viagem e impõe sempre novos desafios. 

Trabalhar em alto mar significa lidar com imprevistos, adaptar-se rapidamente, fazer do limite uma oportunidade. Alléno selecionou pessoalmente a equipe a bordo, transmitindo uma abordagem orientada à flexibilidade, à compreensão profunda dos ingredientes e à capacidade de interpretá-los com respeito. 

Não só requinte, portanto, mas também rigor e concretude. Cada prato conta uma história de porto, estação, paisagem. Cada refeição é pensada para acompanhar um momento do dia: desde o café da manhã servido enquanto o sol nasce atrás das velas, até o almoço saboreado enquanto o navio atraca em um novo destino, até o jantar que encerra o dia no ritmo lento das ondas. A cozinha torna-se o fio condutor de uma narrativa feita de descobertas, reflexões e diálogos silenciosos entre o hóspede e o mar. 

O Corinthian se apresenta assim como símbolo de uma nova era do luxo marítimo. Não apenas pela qualidade dos serviços e pela excelência das experiências oferecidas, mas também pela ideia, hoje rara, de que a viagem ainda pode ser um ato de maravilha. 

Longe da lógica do turismo de massa, este veleiro celebra o valor da espera, do aprofundamento, da autenticidade. Cada detalhe, desde a forma do navio até o cardápio do dia, contribui para construir uma dimensão suspensa, onde o tempo se dilata e as percepções se amplificam. Através do encontro entre patrimônio cultural e inovação, entre elegância francesa e abertura ao mundo, o Corinthian incorpora uma forma de hospitalidade que privilegia a beleza silenciosa, o conforto medido e o saber compartilhado. 

Neste cenário, a proposta culinária de Yannick Alléno não é apenas uma experiência sensorial de alto nível, mas uma chave de leitura de toda a viagem. Uma forma de interpretar o mar não como barreira, mas como espaço fértil de conexões. A Orient Express Sailing Yachts não construiu simplesmente um navio. Criou um lugar onde a viagem volta a ter um significado profundo, onde o prazer de navegar se une à inteligência do gosto, e onde a experiência se torna, mais uma vez, memória. 

Não perca mais atualizações e novidades sobre a companhia Orient Express em nosso site Cruising Journal. 

Mara Di Dio

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