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7 de julho de 2025

Navegar pelo Danúbio é atravessar séculos de história e camadas culturais que moldaram três países europeus: Hungria, Eslováquia e Áustria. O itinerário Call of the Danube, oferecido pela Riverside Cruises, segue esse percurso fluvial com um enfoque meticuloso, alternando capitais monumentais com centros menores de identidade marcante. 

As experiências assinadas pela Riverside ao longo do percurso não se limitam à contemplação da paisagem: a bordo e em terra, cada dia é construído para proporcionar uma imersão consciente na cultura, na memória histórica e nas tradições locais, sem abrir mão dos momentos de relaxamento. 

Budapeste é o ponto de partida e de chegada desta viagem. A capital húngara oferece desde o primeiro dia uma variedade de estímulos. O Danúbio divide fisicamente a cidade entre Buda e Peste, mas também serve de fio condutor para a descoberta dos bairros e monumentos. 

A Riverside Cruises propõe excursões que incluem a visita ao Bastião dos Pescadores e à Igreja de Matias, com vista para o rio, bem como ao Castelo de Buda e aos Jardins do Castelo, recentemente restaurados. Para quem prefere um ritmo mais tranquilo, há experiências em balneários termais, como os históricos Banhos Gellért, além de visitas guiadas aos complexos subterrâneos naturais da cidade. 

A partida do porto fluvial acontece ao entardecer do segundo dia, permitindo observar a cidade iluminada, da Ponte das Correntes até o imponente Parlamento, ícone arquitetônico que acompanha o olhar mesmo a partir do navio. 

Em seguida, a navegação conduz a Bratislava. O centro histórico da capital eslovaca, totalmente pedonal, permite uma exploração sem pressa. A companhia propõe roteiros guiados que destacam a sobreposição de estilos da cidade: o Castelo, visível já na chegada, domina a paisagem, mas é o tecido urbano que conta a transformação de Bratislava ao longo das épocas. 

Da Catedral de São Martinho, símbolo do passado austro-húngaro, às construções do século XX e murais contemporâneos, o itinerário urbano se entrelaça com momentos de convivência em cafés históricos e tavernas que oferecem gastronomia local, cervejas artesanais e vinhos da região dos Pequenos Cárpatos. 

O dia seguinte começa com a chegada a Tulln, uma pequena cidade austríaca às margens do Danúbio e de origem romana. O porto mantém uma função comercial e turística, preservando uma relação direta com o rio. Apesar dos danos da Segunda Guerra Mundial, o centro histórico foi reconstruído respeitando sua fisionomia original. 

Os passageiros podem participar de caminhadas urbanas que abrangem o bairro antigo e as margens do rio, onde se encontram trilhas botânicas e instalações de arte ao ar livre. À tarde, o cruzeiro segue pelo vale do Wachau, região vinícola declarada Patrimônio da Humanidade, com paisagens de colinas em socalcos, vilarejos fortificados e vinhedos. 

O quinto dia é dedicado à descoberta de Viena. A estrutura urbana da capital austríaca se revela por meio de roteiros temáticos: pode-se percorrer a Ringstrasse para compreender a ambição imperial do século XIX ou explorar a produção musical da cidade com visitas guiadas à Staatsoper e à Haus der Musik. 

Os mais curiosos podem assistir ao treino matinal dos cavalos lipizzanos na Escola Espanhola de Equitação, enquanto os apreciadores de arte visual podem escolher entre mais de cem museus, incluindo o Belvedere, a Albertina e o Museu de História da Arte. As excursões da Riverside incluem ainda o acesso a palácios barrocos como Schönbrunn e Hofburg, permitindo aprofundar a cultura cortesã que moldou a cidade. 

A viagem continua até Grein, onde se preserva um dos teatros municipais mais antigos da Áustria, ainda em funcionamento e integrado à prefeitura atual. Essa joia do rococó, originalmente pensada para os viajantes que navegavam pelo Danúbio, reflete a vocação cultural do lugar. 

Entre as excursões oferecidas está a visita ao Castelo de Greinburg, que abriga o Museu da Navegação no Danúbio: uma oportunidade para refletir sobre a evolução do transporte fluvial e a importância econômica e social do rio ao longo dos séculos. 

A próxima parada ocorre em Linz, cidade que nas últimas décadas redefiniu sua identidade, passando de polo industrial a laboratório cultural. O centro histórico, em torno da Hauptplatz, reflete a reconstrução do pós-guerra e a decisão de tornar a cidade um polo de inovação. 

O Schlossmuseum abriga coleções permanentes de história natural e tecnologia, enquanto a Mariendom – a maior igreja da Áustria – impressiona por sua monumentalidade. Quem quiser explorar o lado mais moderno da cidade pode visitar o Lentos Kunstmuseum ou o ARS Electronica Center, símbolos de uma Linz voltada para o futuro. 

No oitavo dia, o navio faz escala em Melk e depois em Dürnstein. Em Melk, a abadia beneditina domina o alto da colina e é um dos mais imponentes exemplos do barroco europeu. A visita guiada permite explorar salas ricamente decoradas, bibliotecas históricas e jardins ainda hoje cuidados pelos monges residentes. 

À tarde, o itinerário segue para Dürnstein, pequeno vilarejo conhecido por sua torre azul e pelas ruínas da fortaleza onde Ricardo Coração de Leão foi aprisionado. Caminhadas panorâmicas e degustações de vinho completam a experiência, oferecendo uma pausa entre as colinas do Wachau. 

Viena retorna ao roteiro com uma segunda escala, pensada para aprofundar ou concluir aquilo que não foi visto antes. Alguns aproveitam para visitar museus menos conhecidos ou assistir a concertos noturnos, outros exploram bairros como o Naschmarkt ou o Prater, onde o espírito popular da cidade convive com seu lado monumental. 

O trecho final da viagem concentra-se em Esztergom, importante centro eclesiástico da Hungria. Lá ergue-se a maior basílica do país, de cuja cúpula se tem uma ampla vista da curva do Danúbio. 

A excursão inclui ainda a visita à cidadela de Visegrád, antigo baluarte estratégico, que testemunha o papel histórico do rio como linha de fronteira. A navegação de retorno a Budapeste atravessa algumas das paisagens mais emblemáticas do trecho húngaro do Danúbio, com paradas breves e vistas deslumbrantes. 

Por fim, a chegada a Budapeste encerra o percurso. Alguns optam por um dia relaxante em cafés históricos ou nos banhos termais, outros aproveitam as últimas horas para visitar o bairro judeu ou o mercado central. 

De todo modo, o itinerário se apresenta como uma viagem única, repleta de detalhes culturais, harmonia paisagística e momentos de descoberta, pensada para quem deseja contemplar a Europa Central com um olhar atento e informado. 

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Mara Di Dio

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